Com lance final de R$ 437 milhões a operadora aérea suíça Zurich Airport Latin America foi a vencedora do leilão dos aeroportos de Vitória, no Espírito Santo, e Macaé, no Rio de Janeiro. O leilão foi realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nesta sexta-feira (15). O lance inicial era de R$ 46,9 milhões e o lote foi arrematado com ágio de 830%, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Zurich Airport administra no Brasil os aeroportos de Confins, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, e de Florianópolis, em Santa Catarina.
Na avaliação do secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, a concessão é mais um passo importante para o desenvolvimento do setor aeroportuário no Estado.
“Nós entendemos que a realização deste leilão era importante para garantir os investimentos no Aeroporto de Vitória, por isso fechamos um acordo em janeiro para retirar uma ação judicial movida pelo Governo do Estado no ano passado. Os investimentos previstos vão atrair empresas e novos projetos para nossa região”, afirmou.
Além disso, disse o secretário, “a concessão também vai viabilizar a internacionalização dos voos. Além disso, no mesmo acordo, nós garantimos, junto ao Governo Federal, a conclusão do Aeroporto Regional de Linhares e a inclusão do Aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim no plano de desenvolvimento aeroportuário do Governo Federal”, destacou Damasceno.
Com capacidade para 8,4 milhões de passageiros, o aeroporto de Vitória movimentou três milhões de pessoas em 2018. Além do valor de contribuição inicial, a ser pago no início do contrato, o consórcio vencedor deverá realizar investimentos de R$ 302 milhões nos primeiros cinco anos de contrato.
Entre as obras previstas estão medidas para garantir o atendimento do nível de serviço em parâmetros baseados em recomendações da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) e, em Vitória, a garantia de atendimento de processamento de 65% dos passageiros domésticos em pontes de embarque.
A partir do sexto ano, a concessionária pagará uma contribuição correspondente a um porcentual escalonado sobre a receita bruta, partindo de 1,77% e chegando a 8,85% no décimo ano. A partir de então, pagará um valor fixo até o final da concessão. Esse mecanismo foi estabelecido para adequar o contrato às oscilações de demanda e, consequentemente, de receita ao longo da concessão.