Único Estado Nota A em gestão fiscal desde 2012 pelo Tesouro Nacional e com o melhor Ensino Médio do País, segundo dados divulgados pelo Ideb, o Espírito Santo subiu uma posição e agora está em 5º lugar no Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O ranking, divulgado nesta quinta-feira (17), avalia todas as 27 unidades da Federação em dez pilares, que são subdivididos em 73 indicadores. Até 2018, o Espírito Santo ocupava a 8ª posição e no ano passado ficou em 6º lugar.
Durante o evento virtual de lançamento do Ranking de Competitividade dos Estados 2020, o governador Renato Casagrande participou do painel de Segurança Pública e também comentou sobre componentes que levaram o Espírito Santo ao quinto lugar no levantamento.
“No ano passado tivemos a segunda posição do pilar ‘solidez fiscal’ e este ano assumimos a primeira posição. O Espírito Santo tem uma cultura de solidez fiscal alcançada em 2012, em meu primeiro governo, que perdura até hoje. Temos o controle do custeio e de pessoal, além de conseguimos manter um volume grande de recursos destinados, especialmente, para a infraestrutura”, apontou Casagrande, citando a necessidade de se ter continuidade em boas práticas.
“Toda boa prática quando tem continuidade produz bons resultados. A solidez fiscal é uma amostra. Conquistamos a Nota A em meu primeiro governo e a gestão seguinte manteve. Também estamos há anos crescendo nossa nota no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] e neste ano atingimos a primeira colocação como o melhor Ensino Médio do País”, ressaltou o governador.
Casagrande apontou que a falta de continuidade de políticas públicas também prejudicou um melhor resultado no pilar “segurança pública”, em que o Espírito Santo ficou em 15º.
“Em 2010 chegamos a ficar como o segundo Estado com o maior número de homicídios. Criamos o programa Estado Presente em Defesa da Vida em 2011 e estamos reduzindo homicídios desde então. O programa segue dois pilares, que é o enfrentamento da violência com a força policial e com políticas sociais, o que nos ajudou a alcançar o menor índice de homicídios da história no ano passado. Porém, não houve continuidade e não cabe a mim ressaltar os motivos. Em 2010 a Polícia Militar tinha pouco mais de 7.600 profissionais e deixamos ao fim do nosso primeiro governo mais de dez mil. Assumimos agora novamente com oito mil profissionais e um passivo vindo da greve de 2017”, observou.
O governador capixaba também ressaltou o trabalho de resgate das forças de seguranças desde o início do ano passado.
“Sabemos que ainda temos um desafio gigantesco pela frente que é recuperar a Polícia Militar após a greve de 2017. Responsavelmente estamos recuperando, dando condições de trabalho, valorizando, investindo em infraestrutura, equipamentos, viaturas e trabalhando de perto analisando os resultados do Programa Estado Presente. Todo mês lidero uma reunião com os delegados e comandantes para que possamos entender cada cenário, cada localidade e melhorar”, explicou.
Após a criação do Fundo Soberano, o primeiro do gênero no País, e do Fundo de Infraestrutura, Casagrande comemorou o resultado obtido no ranking, evidenciando que as decisões do Governo foram fundamentais para que o Estado continuasse investindo mesmo em momento de crise.
“Na área de infraestrutura avançamos um pouco mais. Em nosso primeiro ano de governo, em 2019, já investimos em infraestrutura mais do que o último ano da gestão anterior, que costuma ser um ano de maior investimento. Colocamos em ação nosso planejamento de tornar o Espírito Santo um Estado competitivo. Criamos o Fundo Soberano, que pode ser utilizado para investir e fazer parcerias com empresas privadas, gerando oportunidades, e o Fundo de Infraestrutura, que está sendo muito importante para continuarmos investindo nesse momento de crise. Sabemos que o Espírito Santo é um Estado pequeno, mas queremos torná-lo eficiente e competitivo para nos consolidarmos nacional e internacionalmente”, destacou o governador.
Casagrande prosseguiu: “Outro pilar do nosso governo é a inovação, transformar a máquina pública com serviços eficientes, desburocratizando. Estamos caminhando para que todo o governo seja livre de papel e de que os serviços possam ser realizados pelo cidadão de forma remota, sem precisar realizar tudo indo até o setor, gerando papelada. Também temos um Fundo de Inovação, em que parte da receita do Estado é revertida para garantir inovação. Temos certeza que se houver continuidade deste trabalho nos governos seguintes, o Espírito Santo vai continuar evoluindo e conquistando cada vez melhores resultados”.
Ranking de competitividade:
1 – São Paulo = 89,1
2 – Santa Catarina = 76,6
3 – Distrito Federal = 73,6
4 – Paraná = 69,8
5 – Espírito Santo = 60,4
6 – Mato Grosso do Sul = 60,1
7 – Minas Gerais = 58
8 – Rio grande do Sul = 56,3
9 – Mato Grosso = 52,7
10 – Ceará = 52,6
11 – Rio de Janeiro = 52,3
12 – Goiás = 51,2
13 – Paraíba = 45,7
14 – Amazonas = 45,3
15 – Alagoas = 42,7
16 – Rondônia = 42,5
17 – Pernambuco = 40,8
18 – Bahia = 40,7
19 – Tocantins = 40,6
20 – Rio Grande do Norte = 39,6
21 – Amapá = 37,9
22 – Sergipe = 37,7
23 – Maranhão = 36,9
24 – Pará = 34,2
25 – Roraima = 33,5
26 – Piauí = 32,6
27 – Acre = 31,4
Evolução da competitividade do ES:
2016: 6º
2017: 8º
2018: 8º
2019: 6º
2020: 5º
Posição do Espírito Santo em cada um dos dez pilares avaliados:
Solidez Fiscal: 1º
Eficiência da Máquina Pública: 3º
Sustentabilidade Ambiental: 4º
Infraestrutura: 5º
Educação: 7º
Sustentabilidade Social: 8º
Inovação: 13º
Capital Humano: 14º
Segurança Pública: 15º
Potencial de mercado: 23º
Foto: Hélio Filho/Secom