A manhã desta terça-feira (3) foi marcada por visita às obras de pavimentação de ruas em Jardim Camburi. A intervenção é parte do maior programa de recuperação da pavimentação das vias da cidade das últimas décadas. É o Programa AsfaltoVix, que vai recuperar até 160 quilômetros de vias nos próximos dois anos, com investimento de R$ 215 milhões, com recursos próprios.
As intervenções iniciaram em Jardim Camburi pelo capeamento da avenida Governador Eurico Rezende. Em seguida receberam asfalto as avenidas: Santos Evangelista; Isac Lopes Rubim; Alfredo Alcure; Carlos Limdemberg; Eugênio Pacheco de Queiroz; Engenheiro Charles Bitran; ruas Sérgio Nasser; Astrogildo Mendes Filho; Arquiteto Décio Tevenard e Romualdo Gianordoli Filho.
A recuperação dos pavimentos na cidade de Vitória é necessária em função do desgaste da camada de revestimento asfáltico, que já superou a vida útil prevista de 10 anos. O objetivo do recapeamento é o de melhorar as condições de trafegabilidade e segurança das vias.
Presente durante a visita, o prefeito Lorenzo Pazolini lembrou a importância e a dimensão do asfaltamento. “Este é o maior programa de recuperação da pavimentação da história da nossa capital. São R$ mais de 200 milhões investidos com recursos próprios”, afirmou.
“Há mais de 12 anos que as vias não são recuperadas de forma sistemática. Vamos retirar a camada danificada do asfalto e recapear cada trecho com uma nova camada”, explicou o secretário de Obras Gustavo Perin.
Prioridade
A prioridade do novo asfalto é para as ruas e avenidas por onde transitam coletivos e/ou grande fluxo de veículos como as vias arteriais metropolitanas (que interligam a cidade aos municípios da Grande Vitória), as vias arteriais municipais (que interligam os principais bairros) e as vias coletoras (que recebem o fluxo de veículos das arteriais) e que apresentam pavimento com vida útil superada.
A escolha das vias que receberão os serviços de recuperação funcional terá como base avaliação do estado do pavimento com relatório fotográfico, com imagens georreferenciadas, que demonstre a condição geral de conservação da via.
Além disso será avaliada a memória de cálculo do índice do estado da superfície do pavimento, conforme Norma DNIT 008/2003. Ao término da execução dos serviços de cada trecho laudos serão emitidos com os ensaios de controle tecnológico da pavimentação.
A demanda está contemplada no planejamento estratégico do município denominado “Plano Vitória – Planejamento Estratégico 2021-2024” e está contida na ação com o objetivo de realizar intervenções de melhoria na infraestrutura das vias públicas com vistas à ampliação da mobilidade urbana e segurança viária.
Tipos de recuperação
O estudo vai apontar, além do trecho a receber o asfalto a solução ideal, podendo ser apenas de um tipo ou se complementares entre si, conforme a necessidade da intervenção demandada:
Solução 1 – Indicada para pavimentos com camadas espessas de asfalto: Prever inicialmente a execução de fresagem, que é a raspagem do asfalto danificado, após aplicação da pintura de ligação e por fim o recapeamento em CBUQ com espessura de 6 a 8 cm em toda largura da pista;
Solução 2 – Indicada para pavimentos com camadas delgadas de asfalto ou pavimentos existentes: Prever inicialmente a limpeza mecanizada no pavimento existente, após execução da pintura de ligação e por fim o recapeamento em CBUQ com espessura de 6 a 8 cm em toda largura da pista;
Solução 3 – Indicada para correção pontual – Remendo Profundo: Prever inicialmente a escavação do calçamento até 20 cm de profundidade, após execução da camada de brita graduada com espessura de 20 cm, aplicação da imprimação e de CBUQ com espessura de 5 cm, por fim execução da solução adotada para a recuperação de todo o pavimento.
Como é feito?
1 – É realizado um estudo da via, que definirá os trechos e a melhor solução a ser aplicada;
2- Painéis serão instalados nos postes indicando que no dia seguinte será necessária a liberação total daquele trecho da via para recapeamento;
3 – As duas faixas de estacionamento da via serão interditadas com barreiras;
4 – É usada a fresadora, que faz a raspagem do asfalto desgastado;
5 – Em seguida é usada a vibroacabadora, que aplica a massa asfáltica para que os rasteleiros espalhem, garantindo um bom acabamento;
6 – Na sequência, os rolos compressores compactam o asfalto e garantem o acabamento da superfície do novo pavimento.
7 – Grelhas e tampões são renivelados com a nova camada de asfalto;
8 – Concluindo, é feita a nova sinalização horizontal da via (pintura de faixas no chão).