A praia da Curva da Jurema vai ganhar quiosques mais atrativos e bonitos para compor o belo visual da Enseada do Suá. O novo edital de licitação para concessão das 16 unidades deverá ser lançado nesta sexta-feira (25) e terá como modelo a administração única, assim como os quiosques da praia de Camburi.
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), Leonardo Krohling, explica que, no momento, 11 quiosques estão em atividade e contrato vigente com o munícípio na Curva da Jurema e que todas as unidades continuarão em atividade durante o verão 2020.
“Os quiosques que têm contrato vigente com a Prefeitura continuarão exercendo atividade no local até 2022. À medida que os contratos forem encerrados ou rescindidos, esses estabelecimentos passarão a ser administrados pela empresa que vencer a licitação. Contudo, vale destacar que nada impede que os empresários que atuam nos espaços negociem sua permanência”, afirma.
Serão licitados os quiosques 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18. As unidades 03 e 04; 05 e 06; 07 e 08; 09 e 10; 11 e 12; 13 e 14; 15 e 16; e 17 e 18 deverão ser unificadas pelo vencedor da licitação formando oito módulos distintos, proporcionando exploração de toda a área disponível em cada módulo por apenas um único estabelecimento comercial em cada.
Segundo Leonardo Krohling, o novo modelo de gestão dos quiosques vai atrair mais interessados e investidores.
“A administração dos quiosques por uma única empresa permite maiores investimentos. Isso porque o empreendedor tem uma visão ampla do projeto e consegue alocar mais recursos em cada unidade. Além disso, o novo modelo traz agilidade ao poder público para fiscalizar concessão, notificações e ajustes necessários à condução do contrato”, apontou.
Base de apoio
Os dois quiosques próximos ao Monumento Vitória 360º serão ponto de apoio para a Guarda Municipal, guarda-vidas e até Corpo de Bombeiros, que atualmente prestam serviço nos últimos estabelecimentos, já próximo à entrada da Ilha do Boi.
Segundo Leonardo Krohling, a iniciativa vai contribuir para auxiliar esses trabalhadores em suas atividades. “Escolhemos essas unidades como ponto de apoio por se tratar de quiosques mais próximos da área de restinga e, portanto, menos atrativos para os investidores, uma vez que o movimento se concentra mais nas áreas com uma faixa de areia maior”, aponta.
Mais segurança
A ocupação dos quiosques da Curva da Jurema ainda vai contribuir para diminuir a criminalidade e afastar usuários de drogas, como destaca o diretor-presidente da CDTIV.
“Vamos ocupar os quiosques da Curva da Jurema e tirar esses espaços vazios que provocam mau uso. Além disso, com a base de apoio da Guarda Municipal, guarda-vidas e até Corpo de Bombeiros, vamos garantir mais segurança para que banhistas e turistas passam curtir as praias da capital com tranquilidade”, disse.
Abordagem de rua
A equipe do Especializado de Abordagem Social (Seas) da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realiza abordagem na Curva da Jurema três vezes por dia, por meio da Rede Escola da Vida, que mantém serviços permanentes, 24 horas por dia, para as pessoas em situação de rua voltados para reinserção na família e no mercado de trabalho.
Somente até setembro deste ano, a Escola da Vida já registrou 190 casos de superação. São casos de reinserção familiar e comunitária, inserção no Programa Moradias Alternativas (aluguel social), no mercado de trabalho formal e retorno à escolarização.
A rede envolve políticas de Assistência Social, Saúde, Educação, Direitos Humanos, Meio Ambiente e outras. A porta de entrada é o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), que monitora diariamente as ruas de Vitória, identificando e abordando pessoas em situação de rua, ofertando a possibilidade de abrigamento, o acompanhamento psicossocial, tratamento de saúde para dependência química, qualificação profissional, até emissão de documentos e auxílios, como passagem para retorno à cidade de origem.
Todos os serviços podem ser acionados por meio do 156 e o trabalho é realizado diariamente, incluindo feriados. A complexidade que é a situação de rua exige persistência na ação. Devido às inúmeras perdas ocorridas, como desemprego, rompimento de vínculo familiar, perda de entes queridos, o trabalho é de longo prazo.
Foto: André Sobral